top of page

Viagem na TV: Uma análise sobre o programa O Mundo Segundo os Brasileiros

 

"Como todos os grandes viajantes, vi mais do que eu me lembro, e me lembro mais do que eu já vi."(DISRAELI, B.) 

 

Viajar sempre foi algo fascinante, ainda mais pra quem tem o sonho de rodar o mundo. Registrar, conhecer novas pessoas, experimentar, compartilhar experiências, tudo isso faz parte 

da cultura de viajar. Na era digital o acesso à informação é simples e imediato. Se você quer conhecer sobre os costumes da população oriental, a internet é o jeito mais rápido para isso. Se quer saber os principais pontos turísticos de Londres então, há listas e mais listas de dicas do que se visitar por lá. Mas pra quem viaja ou tem vontade, o mais importante é a troca, o diálogo. 

 

Quem foi quer contar como é, e quem quer ir, quer saber de quem já foi. É possível essa interação de dividir experiências em redes sociais, que ensinam novas línguas ou simplesmente avaliam e classificam de horrível a excelente, hotéis, atrações turísticas e restaurantes, com o intuito de aproximar essas vivências. Viajar é uma ótima junção de informação e entretenimento. E se tais informações são encontradas facilmente na internet, como se colocam os programas de TV que falam sobre viagem?

 

Ler artigo completo publicado pela editora Pimenta Cultural.

Fernando Naiberg

 

Publicitário de formação, editor audiovisual e fotógrafo de veia. Acho que posso começar falando sobre Fernando Naiberg assim. O olhar fotográfico já começou a se aguçar desde cedo, pela admiração que tinha por seu avô, Mauricio Naiberg, fotojornalista e um dos fundadores do jornal da Bahia. Mas o contato mais sério, de fato, começou na faculdade de publicidade, em 2001. Revelação, ampliação, tais práticas fizeram com que o interesse de Naiberg aumentasse pela coisa.

 

Angola, Portugal e Israel, este último onde morou durante seis anos, foram alguns dos países onde Naiberg exercitou seu olhar e captou vivências. O que não muda muito por aqui. Feira de São Joaquim, festas populares ou até mesmo um dia rodando pelo comércio, apesar da versatilidade no trabalho, o que Naiberg gosta mesmo é de sair para fotografar sozinho. É de “imergir na solidão”. “Sou um fotógrafo de rua! E é nela que encontro minha solidão. Consigo entrar num mundo que não me pertence e faço com que ele seja meu, no meu devaneio, à minha leitura".

 

Imagens que retratam a simplicidade do dia-a-dia, beleza plástica e inovadora, é na poesia visual que o estilo artístico-documental de Naiberg te leva a imaginar o momento em que a foto foi tirada. E como a própria denominação já diz é um misto e vai do artístico ao documental. Seu trabalho autoral é caracterizado por influências de grandes fotógrafos como Doisneu, Cartier Bresson, Sebastião Salgado, Pierre Verger e tantos outros.

 

 

Publicado em: http://fernandonaiberg.com/about

A arte independente em Salvador

 

 

 

Desconhecida por muitos,Salvador abriga um diferente tipo de arte,seja na música,na expressão corporal,pintura dança,teatro e até no plano circense,fugindo do convencional.

 

Salvador definitivamente é uma cidade conhecida por suas belas praias,pelas comidas típicas,pelo swing e por sua grande riqueza cultural. Esse é o lado mais conhecido dessa cidade embalada por ritmos e sons. Entretetanto, muitas vezes se esquecem de que não existe somente esse lado da cultura. Por trás do cenário mais conhecido, há outros tipos de expressão cultural. Entre eles, o cenário "alternativo", o qual vem ganhando espaço, embora não seja tão projetado quanto o tradicional.

 

Um conjunto de misturas de crenças, ritmos e gostos, o cenário alternativo de Salvador tem como principal característica o diferente: como o próprio nome já diz, que permite escolha, que não está ligado a grupos ou tendências dominantes, que adota posição independente. Sem notoriedade na mídia, sua programação é vasta, com apresentações e shows de bandas independentes que batalham para garantir seu espaço na música baiana.

 

Bandas como O Círculo, Cof Damu e Formidável Família Musical, entre outras, têm atingido um sucesso significativo na cidade, com fãs assíduos e fiéis. Apesar da "ralação" a fim de reconhecimento, essas bandas independentes, que têm a liberdade de autonomia para escrever letras e cantar o que lhe agradam, tiveram dificuldades para se perpetuarem aqui, como toda expressão artística independente. "A arte sempre é independente, de cor, de raça ou condição social. Salvador é um caldeirão e tem muita gente fazendo coisa boa. A questão é que atualmente não se aposta em novos formatos. Só querem pôr dinheiro no que é tradicional. Ou então remake, reformatar as coisas com custos menores e empurrar goela a baixo", afirma Damm, vocalista da banda Formidável Família Musical, que tenta o sucesso da carreira agora no Rio de Janeiro.

 

Apesar do cenário baiano não ser composto apenas pelo Axé, na maioria das vezes é assim que Salvador é reconhecida nacional e mundialmente, mas alguns artistas conseguiram se destacar em outros planos musicais: o maior exemplo de todos foi Raul Seixas, um dos maiores nomes do rock nacional, que saiu da capital baiana para ganhar notoriedade. Após 19 anos de sua morte, suas canções ainda são lembradas não só por pessoas mais velhas, mas também pelos jovens da atual geração.

 

 Salvador, um caldeirão multicultural por natureza, tem espaço para todo tipo de expressão, mesmo que não muito conhecida - o rock alternativo. o pop rock, reggae entre outros ritmos se garantem. Parece que Raul já sabia o que iria acontecer. Viva a diversidade de escolhas. E "viva a sociedade alternativa".

 

 

 

 

 

Texto ganhador, na categoria reportagem, do prêmio 'Jornalista do Futuro', promovido pela Associação Baiana de Imprensa e o jornal Folha Dirigida e publicado em edição especial, em 2008.

 

 

 

 

 

 

 

 

bottom of page